A União Europeia apoia os esforços para lutar contra a cólera
BISSAU, Guinea Bissau, April 26, 2013/African Press Organization (APO)/ -- Seis meses após a declaração de uma epidemia de cólera na Guiné-Bissau e do
envolvimento da União Europeia para uma resposta de emergência, ainda
persistem casos residuais e há receios de uma reaparição da doença. A União
Europeia decidiu reforçar o seu envolvimento na luta contra a cólera
concedendo um financiamento à Organização Mundial da Saúde (OMS), no
intuito de fortalecer a detecção, a gestão e o acompanhamento dos casos.
Quase quatro mil casos de cólera foram detectados desde a declaração oficial da
epidemia em Outubro de 2012. Embora o pico da epidemia tenha passado, casos
residuais estão a ser ainda detectados. A chegada iminente da época das chuvas pode
fomentar a propagação da doença, devido aos riscos acrescidos de inundação dos
sistemas de água e saneamento, especialmente nas áreas urbanas do país.
"O objectivo principal deste financiamento é permitir à OMS de melhorar a sua
capacidade de intervenção na luta contra a cólera", declarou o Embaixador Joaquín
González-Ducay, Chefe da Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-
Bissau. "Queremos melhorar a detecção precoce dos casos e a gestão adequada dos
pacientes, evitando o esgotamento dos estoques de fármacos."
Este financiamento de 130 milhões de Francos CFA coloca-se na sequência das
contribuições já concedidas pela União Europeia em Junho de 2012 à UNICEF, para
garantir o fornecimento de água potável e a melhoria da condições de higiene e de
saneamento nas áreas de maior risco da Guiné-Bissau.
A ajuda da União Europeia faz parte de uma estratégia a nível da sub-região para a
capacitação sobre a prevenção, a detecção e o tratamento de casos endémicos de cólera
especialmente ao longo da costa Oeste Africana, onde a bactéria da cólera dispõe de um
terreno fértil a sua propagação. Ao longo dos últimos 10 anos, a cólera tem vindo a
aumentar na África Ocidental, com cerca de 300 mil pessoas directamente atingidas e 36
mil mortes a cada ano.